O lançamento do filme “A viúva Clicquot” e as dicas de cinco filme sobre vinho

Por Ricardo Bohn Gonçalves

Estreia nesta semana o filme “A viúva Clicquot, a mulher que formou um império”, do diretor Thomas Napper. A película conta a história de Barbe-Nicole Clicquot (1777-1866), a famosa viúva Clicquot, que deu nome ao champanhe de rótulo laranja. É uma história de muita perseverança, quando ela, viúva aos 27 anos, decide assumir o vinhedo do marido, contrariando não apenas o sogro, mas todo o mercado de vinhos da época.

O champanhe é o cenário para a história romântica, que conta como ela conseguiu elaborar um vinho de qualidade, vendê-lo e, assim, construir um império, que perdura até hoje. Atualmente, a marca VeuveClicquot é uma das mais importantes da divisão de bebidas do grupo francês LVMH.

Dirigido por Thomas Napper e com a atriz Haley Bennett no papel da viúva Clicquot, o filme fascina pela qualidade do roteiro e pela ambientação da época, entre o final do século 18 e o começo do 19.E, a julgar pelo sucesso que fez nos países onde já estreou, o filme deve ser um sucesso também por aqui.

O que me fez pensar nos demais filmes em que o vinho ajuda a compor a trama e convida, sempre, para uma taça de vinho, ou, melhor, de champanhe, agora inspirado no filme.

⁠Sideways

A comédia “Sideways - Entre umas e outras”colocou a pinot noir em destaque, para azar da merlot. O filme, de 2004, traz a história de uma despedida de solteiro pelas vinícolas da California. O herói (ou anti-herói ) é um apaixonado por vinhos, que aprecia muito a pinot noir, na época uma variedade pouco conhecida dos consumidores. Com o sucesso da história, a produção e venda dos tintos elaborados com a pinot noir explodiram mundo afora.

⁠O Sabor da Vida

Este filme me tocou pela história pelo papel de Juliette Binoche no papel de uma cozinheira que auxilia um chef muito criativo e que gosta de cozinhar e desenvolver receitas para os amigos. Na trama romântica, a gastronomia é o foco e os vinhos entram como coadjuvantes. Mas confesso que sai do cinema com muita sede de tomar um Borgonha.

⁠Mondovino

Este documentário é obrigatório para quem quer entender a indústria do vinho. Dirigido por Jonathan Nossiter e gravado em vinícolas da França, Itália, Estados Unidos e Argentina, ele defende a produção artesanal, em comparação com as grandes vinícolas, na tentativa de explicar a globalização a partir do vinho. Filmado em 2005, até hoje é um filme atual.

⁠Somm

O documentário acompanha a trajetória de quatro sommeliers, que estudam para obter o título de Master Sommelier, um dos mais cobiçados (e difíceis) para quem atua na profissão. Traz uma rotina de estudos, os dramas pessoais e a amizade que se forma entre os candidatos. Para quem quer conhecer um pouco mais deste nosso mercado.

⁠Bottle Shock

Este filme tem como pano de fundo o “Julgamento de Paris”, como é chamada a degustação de 1976, promovida por Steven Spurrier e que mostrou a qualidade dos vinhos californianos. Na degustação às cegas, realizada em Paris, os rótulos norte-americanos tiveram notas mais altas do que os franceses. O filme foca no Château Montelena, vinícola que vivia uma crise por não conseguir vender os seus vinhos, mas que viu a realidade mudar quando o seu chardonnay venceu a degustação. Com o resultado, ela entrou no mapa dos melhores produtores da bebida.