Os brindes com champanhes e espumantes

RBG
Por Ricardo Bohn Gonçalves


Lembrem-se, senhores, não é apenas pela França que lutamos, é pelo champanhe”. A frase é um dos célebres discursos de Winston Churchill (1874-1965), o primeiro-ministro da Inglaterra famoso pela sua paixão pelo nobre vinho espumante francês – é tão conhecida a preferência do político inglês pelas borbulhas que a maison Pol Roger tem até uma cuvée batizada com o nome de Sir Winston Churchill.

Churchill dizia beber duas garrafas de champanhe por dia. E não acho que era exagero. Com este hábito, ele foi a melhor referência para a política das maisons francesas de que o champanhe, aliás todos os vinhos espumantes, pode ser consumido de domingo a domingo e não apenas nas datas comemorativas, dos casamentos às corridas de Fórmula 1. Mas, por enquanto, o consumo das borbulhas ainda se concentra nas datas festivas, o que nos leva a pensar com maior dedicação aos champanhes e demais vinhos espumantes nesta época do ano.

E pensar em borbulhas é planejar o que abrir na virada do ano. Aqui na RBG Vinhos temos três opções de champanhes, o ⁠Frédéric Savart 1er Cru L'Ouverture Brut, o ⁠Thierry Massin Contrees Brut e o Thierry Massin Confluence Rosé Brut. Temos também um espumante francês, o Comte de Bailly.

Gosto da ideia de abrir um bom espumante para comemorar o ano que entra. E gosto também da ideia de harmonizar os aperitivos com os bons vinhos espumantes. Não acredito que o champanhe e as demais borbulhas consigam acompanhar uma refeição inteira, a não ser que seja um menu de comida japonesa. Neste caso, é possível combinar com borbulhas do início ao fim. Mas como as receitas natalinas seguem na linha de perus, chesters e afins, acho que as borbulhas devem acompanhar bem os aperitivos e as entradas. E depois partimos para os vinhos brancos ou tintos, conforme a preferência de cada residência.

Também gosto muito dos champanhes rosés. Eles são o exemplo de que há bons rosés no mundo dos vinhos que envelhecem bem. Nos champanhes, aliás, não raro, os rosés são mais caros do que os brancos, o que mostra a sua complexidade na taça. Como os rosés são elaborados com um pouco de vinho tranquilo, com a uva pinot noir, eles têm também mais complexidade e vocação gastronômica.

Ainda sobre as borbulhas, vale destacar os espumantes brasileiros. Na última década, percebe-se na taça a melhora na qualidade das nossas borbulhas. Certamente é uma das vocações do Brasil no mundo de Baco. Aliás, uma análise atenta vai destacar o aumento de qualidade desta bebida ao redor do mundo. Há desde bons exemplares de espumantes na Argentina e no Chile, como na Austrália e Nova Zelândia (que são mais difíceis de chegar aqui no Brasil, pelos valores dos fretes), como no chamado velho mundo. Na Europa e na própria França, há muita borbulha de qualidade e nossa missão é estar sempre a procura destes melhores goles.

Cheers!

Comentários

  1. Vinicius Toledo8/12/24

    Boa tarde Ricardo, eu sei que o texto é só sobre champagnes e espumantes mas com relação ao ilustre Primeiro Ministro inglês Sir Winston Churchill, permita-me lembrar que ele também era um ávido consumidor de charutos cubanos, degustava-os ao longo de todo o dia, pelo menos dez, mas frequentemente a quantidade ultrapassava esse número!

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