Por Ricardo Bohn Gonçalves
Vinhos frescos, com baixo teor alcoólico e refrescantes são tudo que precisamos para estes dias mais quentes do ano. São o que definimos como os vinhos de verão e que se tornam companhia mais do que necessária com esta previsão de um 2025 com recorde de temperaturas mais altas.
Mas o que são, exatamente, estes vinhos de verão? Primeiro, não dá para restringir estes vinhos apenas aos brancos, mas podemos incluir também espumantes, rosados e até alguns tintos. E nem todos os brancos entram nesta lista. Há exemplos de brancos com muita estrutura, muitas vezes com longos estágios em barricas de carvalho, e que chegam a ser quase tão pesados como os tintos. Ou seja, são tudo menos refrescantes.
Atualmente, ainda, há tintos bem mais leves, que permitem serem degustados geladinhos. São refrescantes, com poucos taninos. Muitos até são chamados de glou-glou, por serem fáceis de beber e, em alguns casos, uma garrafa é pouco.
Um dos vinhos de verão que, na minha opinião, são subvalorizados são aqueles elaborados com a uva espanhola albariño, também chamada de alvarinho quando passa a fronteira de Portugal. São brancos com baixo teor alcoólico, muitos ao redor de 11% e 12%, com acidez alta, o que o torna bem refrescante. Não é um Montrachet, para citar o Borgonha mais famoso, mas que torna muito agradável um final de dia. Na RBG Vinhos, tem um albariño que eu gosto muito, que é o Lagar de Cervera Albariño. Ele é elaborado com uvas plantadas na região de Rias Baixas, na Espanha, que tem uma acidez bem refrescante, um toque cítrico e combina muito com frutos do mar.
Outra uva que tem todo o estilo do verão é a italiana pinot grigio. Ela dá origem a vinhos leves, despretensiosos e, no caso dos bons produtores, de qualidade. Um exemplo é o Arenile Pinot Grigio Terre di Chieti IGT, com uvas cultivadas na região do Abruzzo.
Claro que na minha lista de verão não poderia deixar de ter um Borgonha. Mas aqui vou para Chablis, onde a chardonnay se favorece de um solo especial, com muito calcário e chamado de kimmeridgiano. Aqui, minha dica para o verão é o Jean-Marc Brocard Chablis 2023, pelo seu corpo leve, seu toque mineral, que o torna bem agradável para os dias mais quentes.
E, nesta lista, também não pode faltar os champanhes. E, aqui, minha sugestão vai para um champanhe rosado, porque acredito que os melhores exemplos de rosés estão nestas borbulhas francesas. É o Thierry Massin Confluence Rosé, que tem a boa acidez, o frescor e também uma complexidade capaz de combinar com todos os dias, quentes ou não.
E para você: quais são os vinhos de verão da sua lista?
Olá Ricardo,
ResponderExcluirBoas dicas para este verão que parece que chegou meio atrasado em SP, mas chegou.
Obrigado pelas opções.
Boa tarde Ricardo. Tomei recentemente um vinho muito interessante vindo da África do Sul, era um Pinotage Rosé; foi perfeito para esses dias não tão quentes desse início de verão, que tivemos em dezembro. Um vinho produzido na excelente região de Western Cape, com 14% de teor alcoólico, não foi tão leve assim, de corpo médio, mas acompanhou com bastante finesse um almoço leve de salada com carne branca, foi uma ótima experiência portanto!
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