Por Ricardo Bohn Gonçalves
As tendências sobre o mundo de vinho nunca tiveram tão afinadas com a realidade brasileira como agora. As consultorias especializadas e os estudiosos do nosso mercado mundial apontam para o consumo crescente de vinho branco e rosé. Indicam também para aqueles com baixo teor alcoólico.
E são estas, exatamente, as minhas recomendações para os vinhos nestes tempos de calor recorde e de quando um ar-condicionado e até mesmo um ventilador se fazem tão necessários. Para vencer o calor, a palavra-chave é o frescor ou, na linguagem mais técnica, a acidez elevada, que é uma característica de vários vinhos brancos, rosés e, acredite, até alguns tintos. Nos brancos, a minha dica vai para os Vinhos Verdes, elaborados no norte de Portugal. Há desde os Vinhos Verdes com um pouquinho de borbulha, em geral aqueles de entrada de linha, como aqueles elaborados apenas com uma variedade como a alvarinho e a loureiro, que são uvas muito bem adaptadas à região.
Nos rosés, a lista de opções é longa. Quando eu penso em refrescância, a cor me ajuda muito na escolha do vinho. Aqueles de cor mais clarinha, às vezes até chamada de casca de cebola ou salmão claro, tendem a ser as melhores escolhas. A cor do vinho vem do tempo de contato do líquido (o mosto) com a casca. Um maior tempo de contato resulta em uma cor mais vibrante e em rosados mais estruturados, o que combina com várias situações, mas não quando a ideia é ser uma bebida refrescante para o verão. Nestes tempos escaldantes, o caminho é o rosé clarinho.
Nos tintos, a proposta são aqueles elaborados com uvas não tão estruturadas. A pinot noir é o exemplo mais conhecido, que resulta em tintos mais leves. Mas eu também quero chamar atenção para a gamay. Outrora desvalorizada, é uma uva que vem resultando em vinhos cada vez mais interessantes. São tintos que nada se parecem com o beaujolais nouveau, mas que tem um foco em uma fruta fresca, refrescante e bem vinificada.
Outra dica para estes dias quentes são as borbulhas, que também são refrescantes. Na verdade, os espumantes têm a característica de serem uma bebida com maior acidez, o que se traduz em frescor. Ou seja, super apropriada para o calor atual.
Sobre o teor alcoólico, eu mesmo me vi abrindo – e gostando – de um vinho com 9% de álcool. Aqui faço um parêntese que mais do que conferir o teor alcoólico marcado na garrafa, eu estou preocupado em a bebida ser equilibrada. Mas os vinhos do calor devem ser equilibrados “na baixa”, digamos assim. O teor alcoólico baixo também pede uma bebida menos encorpada e também pouco extraída em seus aromas e sabores. Não estamos no inverno para provar um tinto encorpado, rico em aromas e sabores e muito alcoólico.
Agora, se você quer saber das tendências que comentei acima, há uma mudança no comportamento do consumidor mundial em direção exatamente a estes estilos de vinho. A tendência dos brancos, por exemplo, é mais forte nos mercados considerados maduros, como Europa e Estados Unidos, do que nos chamados “emergentes”, onde o Brasil está incluído quando o assunto são brancos e tintos. Há estatísticas apontando para o aumento da área plantada de variedades brancas, entre outros indicadores.
As tendências sobre o mundo de vinho nunca tiveram tão afinadas com a realidade brasileira como agora. As consultorias especializadas e os estudiosos do nosso mercado mundial apontam para o consumo crescente de vinho branco e rosé. Indicam também para aqueles com baixo teor alcoólico.
E são estas, exatamente, as minhas recomendações para os vinhos nestes tempos de calor recorde e de quando um ar-condicionado e até mesmo um ventilador se fazem tão necessários. Para vencer o calor, a palavra-chave é o frescor ou, na linguagem mais técnica, a acidez elevada, que é uma característica de vários vinhos brancos, rosés e, acredite, até alguns tintos. Nos brancos, a minha dica vai para os Vinhos Verdes, elaborados no norte de Portugal. Há desde os Vinhos Verdes com um pouquinho de borbulha, em geral aqueles de entrada de linha, como aqueles elaborados apenas com uma variedade como a alvarinho e a loureiro, que são uvas muito bem adaptadas à região.
Nos rosés, a lista de opções é longa. Quando eu penso em refrescância, a cor me ajuda muito na escolha do vinho. Aqueles de cor mais clarinha, às vezes até chamada de casca de cebola ou salmão claro, tendem a ser as melhores escolhas. A cor do vinho vem do tempo de contato do líquido (o mosto) com a casca. Um maior tempo de contato resulta em uma cor mais vibrante e em rosados mais estruturados, o que combina com várias situações, mas não quando a ideia é ser uma bebida refrescante para o verão. Nestes tempos escaldantes, o caminho é o rosé clarinho.
Nos tintos, a proposta são aqueles elaborados com uvas não tão estruturadas. A pinot noir é o exemplo mais conhecido, que resulta em tintos mais leves. Mas eu também quero chamar atenção para a gamay. Outrora desvalorizada, é uma uva que vem resultando em vinhos cada vez mais interessantes. São tintos que nada se parecem com o beaujolais nouveau, mas que tem um foco em uma fruta fresca, refrescante e bem vinificada.
Outra dica para estes dias quentes são as borbulhas, que também são refrescantes. Na verdade, os espumantes têm a característica de serem uma bebida com maior acidez, o que se traduz em frescor. Ou seja, super apropriada para o calor atual.
Sobre o teor alcoólico, eu mesmo me vi abrindo – e gostando – de um vinho com 9% de álcool. Aqui faço um parêntese que mais do que conferir o teor alcoólico marcado na garrafa, eu estou preocupado em a bebida ser equilibrada. Mas os vinhos do calor devem ser equilibrados “na baixa”, digamos assim. O teor alcoólico baixo também pede uma bebida menos encorpada e também pouco extraída em seus aromas e sabores. Não estamos no inverno para provar um tinto encorpado, rico em aromas e sabores e muito alcoólico.
Agora, se você quer saber das tendências que comentei acima, há uma mudança no comportamento do consumidor mundial em direção exatamente a estes estilos de vinho. A tendência dos brancos, por exemplo, é mais forte nos mercados considerados maduros, como Europa e Estados Unidos, do que nos chamados “emergentes”, onde o Brasil está incluído quando o assunto são brancos e tintos. Há estatísticas apontando para o aumento da área plantada de variedades brancas, entre outros indicadores.
Enquanto a questão da redução do teor alcoólico e até dos vinhos sem álcool parece ser o tema de nove entre as dez reportagens sobre vinho que eu li neste verão. É o resultado de uma geração mais jovem de consumidores, muitos deles preocupados com a saúde e que querem ter o controle da situação. Ou seja, que preferem reduzir o consumo da bebida alcoólica – infelizmente não apenas nos dias de calor escaldante.
Boa tarde Ricardo, quando o assunto é vinho branco refrescante gosto muito de consumir bons Rieslings alemães ou se for espumante, pode ser um Crémant d'Alsace ou até os bons espumantes portugueses feitos principalmente na Bairrada!
ResponderExcluirBoas dicas, Ricadro
ResponderExcluirDesde o verão passado me apaixonei por um vinho branco italiano (trebbiano e garganega). Leve e super refrescante!
ResponderExcluirOi Xará , tudo bem ?
ResponderExcluirCurti muito suas dicas , concordando com elas em gênero . nº e grau , sendo que por um gosto pessoal , acrescentaria alguns bons Rieslings alemães e outros tantos Pinot Grigio italianos !
Aqui vai uma dica da minha parte , um branco romeno - La Crama Támâioasã , o qual na temperatura correta para esse verão infernal , com certeza fará sucesso,
Abs