Quando resta vinho na garrafa

RBG Vinhos
Foto: Wine Enthusiast

Por Ricardo Bohn Gonçalves

O que você faz naqueles momentos em que não consegue terminar uma garrafa de vinho? ⁠ ⁠A primeira e melhor opção é me chamar para tomarmos juntos a garrafa toda e, quem sabem, até abrir uma segunda... Ou convidar a Silvia, minha filha que, além de ser meu braço direito no atendimento dos clientes da RBG Vinhos, também é expert em ajudar amigos com estes problemas.

Mas brincadeiras à parte, levantei essa questão inspirado na passagem recente de Greg Lambrecht, o inventor do coravin, pelo Brasil. O coravin é a melhor solução que eu conheço para quem não vai consumir uma garrafa inteira de vinho. Essa traquitana, que lembra aqueles saca-rolhas enormes, permite servir uma ou mais doses de vinho sem abrir a garrafa, evitando a oxidação do líquido que está lá dentro.

Faz isso por uma sacada de Lambrecht, que é um inventor nato – li sobre isso em um texto da Suzana Barelli no Paladar, do Estadão. E lá ela escreve que ele inventou diversas coisas para a medicina e tem, inclusive, algumas patentes. Entre suas patentes, têm algumas de agulhas médicas.

E o segredo do coravin está exatamente nestas agulhas. Sem abrir a garrafa, ela perfura a rolha e permite a retirada do vinho ao mesmo tempo em que insere o gás argônio (como cientista, ele sabe quais são os gases inertes). Este gás impede que o oxigênio entre na garrafa.

Mas o coravin não é útil apenas para quem sabe que não vai consumir toda a garrafa. Tenho amigos que usam este apetrecho para provar uma pequena dose de um vinho antes de levá-lo para um jantar ou para uma confraria. Evita aquela dúvida de não saber se o vinho estará bom ou não ou se é preciso levar uma outra garrafa para o evento. Naqueles que apreciam vinhos com alguma idade, isso é sempre uma questão relevante.

Também permite provar mais do que um vinho por a ocasião. Aliás, esta foi a necessidade que fez o Lambrecht criar a sua invenção. Ele queria provar vários vinhos por jantar, mas não queria desperdiçar o restante da garrafa. Foi a necessidade que moveu o inventor.

Mas para quem não tem o aparelho, que é caro (custa a partir de R$ 2.200) e precisa sempre de comprar a cápsula de gás, eu digo que não precisa ter medo de consumir a garrafa no dia seguinte. Sobrou vinho na garrafa, feche-a novamente com a rolha e deixe na geladeira. O vinho vai sobreviver. Outro caminho pode ser recorrer ao vacum vin, uma rolha sintética com um tipo de bombinha, que retira o oxigênio de dentro da garrafa já aberta. Aqui, a vida útil do vinho é um pouco maior que a da rolha, pela minha experiência particular. Mas nada muito significativo para dizer que o vinho vai durar bem mais na garrafa depois de aberto.

Mas sempre vale lembrar que a Silvia e eu estamos sempre disponíveis para resolver este problema de garrafas que não terminam…

Comentários

  1. Silvio Eid29/6/25

    Excelentes sugestões, sobretudo convidar você e a Silvia para beber juntos!

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  2. Leila30/6/25

    Adoraria beber vinbo com você e a Sílvia!

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  3. Anônimo30/6/25

    Ótimas dicas e observações. Adorei!

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  4. Anônimo1/7/25

    Em outubro beberemos muitos juntos, na Toscana!!!

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