Por Ricardo Bohn Gonçalves
O vinho, e não poderia ser diferente, é o meu guia na escolha dos restaurantes que gosto de frequentar em São Paulo. Sou meio tradicional na eleição destes lugares, evito os endereços da moda, no qual o ver e ser visto muitas vezes recebe mais atenção do que a qualidade da comida. As casas, que listo abaixo, foram me conquistando pelo respeito ao vinho – e, claro, pela qualidade da comida.
Muitos destes endereços não têm o seu próprio sommelier – por mais que eu saiba que seus donos gostariam de poder contar com este profissional. Mas investem em funcionários no salão que sabem valorizar a bebida. Ou seja, servi-la da maneira correta, com a taça apropriada (não precisar ser uma Riedel, mas que seja de cristal). E que conhecem a importância da temperatura correta de serviço da bebida.
São restaurantes que não ficam contrariados quando eu levo o vinho. E aqui uma observação importante para quem gosta de levar sua garrafa ao restaurante. Primeiro, é correto cobrar a rolha. Tem todo um serviço que precisa ser remunerado, do profissional que vai cuidar do vinho, do investimento nas taças e tudo mais.
O segundo ponto é escolher que garrafa levar. Opte por vinhos que, claro, não estão na carta do restaurante ou que não tenha um rótulo similar na casa. A ideia de levar o vinho não é para diminuir o valor da conta, mas para abrir uma garrafa que para você e seus pares merecem, que tenham algum significado. E não deixe de oferecer uma taça para quem está cuidando do serviço do vinho.
OS RESTAURANTES
Listados em ordem alfabética, seguem os restaurantes que eu indico e as razões para a minha preferência
Amadeus
O Amadeus é o melhor restaurante de pescados da cidade, e não falo isso porque sou amigo da família, mas porque ele é muito bom mesmo. Seus ingredientes são sempre frescos, com criações divinas. Sem contar com as ostras maravilhosas, que são cultivadas pela família Masano, em Santa Catarina. O Tadeu Masano, o proprietário, é também destes amigos que o mundo do vinho me deu, e a Ana, sua mulher, é a alma do restaurante, da atenção necessária em todas as suas áreas, como salão, cozinha, funcionários.
Rua Haddock Lobo, 807, Jardins
Camelo
A pizzaria Camelo é o meu porto seguro desde quando fazia faculdade na FGV. Eu saia da aula morrendo de fome e jantava por lá a caminho de casa. Mesmo tradicional, é uma casa que mantém a qualidade sempre. Janto lá quase todas as segundas-feiras. Sempre chego cedo, por volta das18h30, 19 horas. Mas o horário de ir embora varia: já aconteceu de eu ser o primeiro a chegar e o último a sair.
Rua Pamplona, 1873, Jardins
Casa Europa
A Casa Europa é um dos restaurantes do simpático Ipe Moraes, que conheci pelo mundo do vinho. Suas receitas são inspiradas, principalmente, nas criações portuguesas e espanholas. E preparadas com ingredientes frescos e qualidade. Fiquei feliz que o Guilherme, que conhece bastante de vinho, virou sócio da casa recentemente e é uma pessoa com quem eu sempre estou trocando ideias sobre brancos e tintos.
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 726, Jardim Europa
Ici Bistrot
O chef Benny Novak é um craque com as suas receitas francesas sempre impecáveis, de um steak tartare, que acho que é um dos melhores, senão o melhor, da cidade, a receitas mais requintadas. Gosto muito de tudo. E ainda tem a vantagem de ser do lado de casa.
Rua Mato Grosso, 396, Higienópolis
Imma
O Imma, do Marcelo Giachini, é outro porto seguro entre os meus restaurantes. Frequento desde a sua inauguração e é um espaço descontraído, com ambiente agradável e com ótima comida. Conheci o Marcelinho quando ele era gerente da importadora Casa Flora. Recomendo as mesas ao fundo da casa, onde se tem a sensação de estar em um jardim com vista para a cozinha. Uma curiosidade é que o nome do restaurante vem do apelido que o filósofo Kant tinha.
Rua Emmanuel Kant, 58, Jardins
La Casserole
Como não se sentir feliz no La Casserole, restaurante fundado em 1954 por Fortunée eRoger Henry, e hoje comandada por sua filha Marie France e neto Leo. É o melhor exemplo de bistrô de São Paulo, localizado no decadente Largo do Arouche, e com uma floricultura em frente, que torna a atmosfera super francesa.
Largo do Arouche, 346, Centro
Le Jazz
O Le Jazz trouxe, desde a sua inauguração, o conceito de um bistrô gostoso edespretensioso. Tem uma proposta super honesta de preços e menu clássicos. Fez tanto sucesso, que atualmente tem vários endereços na cidade.
Rua dos Pinheiros, 254, Pinheiros
Tanuki Sushi
Quando quero comer uma comida japonesa bem-feita, sem pagar um absurdo, minha opção certeira é o Tanuki. Traz um ambiente descontraído e frequentado por quem adora este tipo de gastronomia. Está sempre lotado, inclusive para mim, que gosto de chegar cedo no restaurante.
Rua Jericó, 287, Vila Madalena
Teus e Votre
Pedro Grando, o Pedrinho, e seu sócio, o Chico Farah, abriram o Teus em 2016 e desde o início eu me sinto muito acolhido na casa. Conheço o Pedrinho há muito tempo, quando ele era gerente do Charlô e eu dava consultoria para os vinhos da casa. Depois, eles abriram o Votre, com um perfil mais de brasserie, com receitas da cozinha clássica da casa.
Teus - Rua Natingui, 1548, Vila Madalena
Votre - Rua Natingui, 1520, Vila Madalena
Vinheria Percussi
Restaurante dos irmãos Silvia e Lamberto, a Vinheria Percursi tem um menu de inspiração italiana muito bem executado, e uma boa carta de vinhos. O Lamberto é um irmão que o mundo do vinho me deu. De tanto frequentar, acho que conheço todos os funcionários do restaurante, que é a sede da “Mesa do Bohn” (leia aqui esta história).
Rua Bianchi Bertoldi, 109, Pinheiros
O vinho, e não poderia ser diferente, é o meu guia na escolha dos restaurantes que gosto de frequentar em São Paulo. Sou meio tradicional na eleição destes lugares, evito os endereços da moda, no qual o ver e ser visto muitas vezes recebe mais atenção do que a qualidade da comida. As casas, que listo abaixo, foram me conquistando pelo respeito ao vinho – e, claro, pela qualidade da comida.
Muitos destes endereços não têm o seu próprio sommelier – por mais que eu saiba que seus donos gostariam de poder contar com este profissional. Mas investem em funcionários no salão que sabem valorizar a bebida. Ou seja, servi-la da maneira correta, com a taça apropriada (não precisar ser uma Riedel, mas que seja de cristal). E que conhecem a importância da temperatura correta de serviço da bebida.
São restaurantes que não ficam contrariados quando eu levo o vinho. E aqui uma observação importante para quem gosta de levar sua garrafa ao restaurante. Primeiro, é correto cobrar a rolha. Tem todo um serviço que precisa ser remunerado, do profissional que vai cuidar do vinho, do investimento nas taças e tudo mais.
O segundo ponto é escolher que garrafa levar. Opte por vinhos que, claro, não estão na carta do restaurante ou que não tenha um rótulo similar na casa. A ideia de levar o vinho não é para diminuir o valor da conta, mas para abrir uma garrafa que para você e seus pares merecem, que tenham algum significado. E não deixe de oferecer uma taça para quem está cuidando do serviço do vinho.
OS RESTAURANTES
Listados em ordem alfabética, seguem os restaurantes que eu indico e as razões para a minha preferência
Amadeus
O Amadeus é o melhor restaurante de pescados da cidade, e não falo isso porque sou amigo da família, mas porque ele é muito bom mesmo. Seus ingredientes são sempre frescos, com criações divinas. Sem contar com as ostras maravilhosas, que são cultivadas pela família Masano, em Santa Catarina. O Tadeu Masano, o proprietário, é também destes amigos que o mundo do vinho me deu, e a Ana, sua mulher, é a alma do restaurante, da atenção necessária em todas as suas áreas, como salão, cozinha, funcionários.
Rua Haddock Lobo, 807, Jardins
Camelo
A pizzaria Camelo é o meu porto seguro desde quando fazia faculdade na FGV. Eu saia da aula morrendo de fome e jantava por lá a caminho de casa. Mesmo tradicional, é uma casa que mantém a qualidade sempre. Janto lá quase todas as segundas-feiras. Sempre chego cedo, por volta das18h30, 19 horas. Mas o horário de ir embora varia: já aconteceu de eu ser o primeiro a chegar e o último a sair.
Rua Pamplona, 1873, Jardins
Casa Europa
A Casa Europa é um dos restaurantes do simpático Ipe Moraes, que conheci pelo mundo do vinho. Suas receitas são inspiradas, principalmente, nas criações portuguesas e espanholas. E preparadas com ingredientes frescos e qualidade. Fiquei feliz que o Guilherme, que conhece bastante de vinho, virou sócio da casa recentemente e é uma pessoa com quem eu sempre estou trocando ideias sobre brancos e tintos.
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 726, Jardim Europa
Ici Bistrot
O chef Benny Novak é um craque com as suas receitas francesas sempre impecáveis, de um steak tartare, que acho que é um dos melhores, senão o melhor, da cidade, a receitas mais requintadas. Gosto muito de tudo. E ainda tem a vantagem de ser do lado de casa.
Rua Mato Grosso, 396, Higienópolis
Imma
O Imma, do Marcelo Giachini, é outro porto seguro entre os meus restaurantes. Frequento desde a sua inauguração e é um espaço descontraído, com ambiente agradável e com ótima comida. Conheci o Marcelinho quando ele era gerente da importadora Casa Flora. Recomendo as mesas ao fundo da casa, onde se tem a sensação de estar em um jardim com vista para a cozinha. Uma curiosidade é que o nome do restaurante vem do apelido que o filósofo Kant tinha.
Rua Emmanuel Kant, 58, Jardins
La Casserole
Como não se sentir feliz no La Casserole, restaurante fundado em 1954 por Fortunée eRoger Henry, e hoje comandada por sua filha Marie France e neto Leo. É o melhor exemplo de bistrô de São Paulo, localizado no decadente Largo do Arouche, e com uma floricultura em frente, que torna a atmosfera super francesa.
Largo do Arouche, 346, Centro
Le Jazz
O Le Jazz trouxe, desde a sua inauguração, o conceito de um bistrô gostoso edespretensioso. Tem uma proposta super honesta de preços e menu clássicos. Fez tanto sucesso, que atualmente tem vários endereços na cidade.
Rua dos Pinheiros, 254, Pinheiros
Tanuki Sushi
Quando quero comer uma comida japonesa bem-feita, sem pagar um absurdo, minha opção certeira é o Tanuki. Traz um ambiente descontraído e frequentado por quem adora este tipo de gastronomia. Está sempre lotado, inclusive para mim, que gosto de chegar cedo no restaurante.
Rua Jericó, 287, Vila Madalena
Teus e Votre
Pedro Grando, o Pedrinho, e seu sócio, o Chico Farah, abriram o Teus em 2016 e desde o início eu me sinto muito acolhido na casa. Conheço o Pedrinho há muito tempo, quando ele era gerente do Charlô e eu dava consultoria para os vinhos da casa. Depois, eles abriram o Votre, com um perfil mais de brasserie, com receitas da cozinha clássica da casa.
Teus - Rua Natingui, 1548, Vila Madalena
Votre - Rua Natingui, 1520, Vila Madalena
Vinheria Percussi
Restaurante dos irmãos Silvia e Lamberto, a Vinheria Percursi tem um menu de inspiração italiana muito bem executado, e uma boa carta de vinhos. O Lamberto é um irmão que o mundo do vinho me deu. De tanto frequentar, acho que conheço todos os funcionários do restaurante, que é a sede da “Mesa do Bohn” (leia aqui esta história).
Rua Bianchi Bertoldi, 109, Pinheiros
Caro Ricardo, concordo 100% tanto com a sua indicação dos restaurantes, quanto à explicação do porque levar vinho à restaurante. Gostaria somente de comentar que em vários restaurantes que fui, tive que tomar vinhos ruins pois os preços da carta eram proibitivos.
ResponderExcluirInfelizmente isso acontece. Vinhos caros com baixa qualidade. Obrigado pelo comentário
ExcluirCaríssimo obrigado pelas sugestões (alguns já conheço e os outros conhecerei!). Quanto a questão de levar seu vinho, gostaria de levantar uma reflexão/pedido aos restaurantes; eu tenho por hábito comprar uma garrafa da carta do restaurante para cada garrafa que levo (acho melhor que pagar rolha). Infelizmente toda vez tenho que explicar isso aos maîtres que muitas vezes demoram a entender. A maioria entende e acabam por achar interessante, talvez os restaurantes pudessem orientar suas brigadas a aceitar/propor essa OPÇÃO ao pagamento de rolha. Até hoje tive dois incidentes desagradáveis de recusa terminante ao meu pedido; uma no Le Vin do Itaim e outra no Tan Tan (ótimos restaurantes onde jamais retornei). Espero ter “plantado” a reflexão. Obrigado Abraço
ResponderExcluirTive um problema semelhante no Le Vin da al Tiete, (não existe mais) e nunca mais voltei. Perderam mais um cliente!
ExcluirA ideia é boa de consumir um vinho da carta ao invés da rolha. O bom senso deve prevalecer
ExcluirConcordo , Rogério! Abraços ao Ricardo do André Moron 🍷🐎⛷️
ResponderExcluirObrigado pelo comentário Andre
ExcluirAbs
Concordo ,integralmente ,com o mestre e amigo Ricardo no que concerne a cobrança da taxa de rolha ; há que se curvar diante do serviço , uso das tacas e do zelo com os quais somos tratados Alegria em compartir este espaço com meu amigo Rogério Woisky e fazendo um contraponto , registro o primor do atendimento sempre que levo meu vinho ao Piselli ( Iguatemi), inda que replicando com um tinto da casa .
ResponderExcluirO comentário acima é do Prado Neto
ResponderExcluirObrigado pelo comentário Prado Neto e sim o Piselli sempre recebe bem !!!
ExcluirGostei da sua lista, Ricardo, uma ótima ideia! Só não conheço o Teus e o Votre. Vou ter que dar um jeito. E aquele projeto de ter o restaurante que para chamar de "seu" para convidar os amigos? Você comentou esta ideia faz algum tempinho, estou na espera.
ResponderExcluirVamos combinar sim Sylvia. Bjs
ExcluirSenti falta do Bistrot Josephine na Vila Nova.
ResponderExcluirTempo que lá não vou e obrigado pelo comentário
ExcluirO Amadeus é bom demais, com os donos sempre lá, atentos.
ResponderExcluirComo disse melhor restaurante de peixe da cidade e que bom que compartilha da minha opinião
Excluirabraços
Obrigado, Ricardo. Me deu muita vontade de voltar ao La Casserole.
ResponderExcluir